sábado, 21 de março de 2009
Mudança de rumo: era Bush parece ter chegado ao fim
DÉFICIT AMERICANO
Economia de cassino exauriu possibilidades de continuidade das gastanças e EUA dizem não poder sequer ajudar Países da América Latina
(*) Luiz Salvador
Rombo Fiscal Americano
Dívida acumulada dos EUA entre 2010 e 2019 para US$ 2,3 trilhões, maior que a projetada pelo governo Obama, ou quase dois PIBs do Brasil.
Mudança de Rumo
A política unilateralista e intervencionista da era Bush parece ter chegado ao fim. Diante da Crise econômica e do déficit orçamentário fantástico, Obama corta despesas, estuda saída do Iraque e propõe uma nova política ao Iran de maior respeito às relações entre os dois países, propondo maior equilíbrio nas relações comerciais.
É o que informa a imprensa:"Obama dirige-se em vídeo ao povo iraniano pedindo um "novo começo" . Num gesto inédito, o Presidente norte-americano, Barack Obama, enviou uma mensagem de vídeo ao povo iraniano oferecendo “um novo começo” na relação entre os dois países. Teerão já reagiu, e pediu passos concretos para remediar os erros do passado. “A minha Administração está agora empenhada na diplomacia para resolver uma série de questões e em conseguir laços construtivos”, afirmou Obama. A mensagem foi feita para coincidir com uma celebração iraniana que marca o início da Primavera, o Nowruz, e difundida por algumas emissoras do Médio Oriente. “Quero falar directamente ao povo e aos líderes da República Islâmica do Irão”, disse Obama num tom conciliatório. “Procuramos a promessa de um novo começo”.
Link: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1370053
Déficit Recorde
O déficit orçamentário dos Estados Unidos para o exercício 2008/2009 deverá alcançar o recorde de US$ 1,845 trilhão, equivalente a 13,1% do Produto Interno Bruto, sendo que apenas em fevereiro de 2009, o déficit do Orçamento federal dos EUA aumentou para US$ 192,8 bilhões - o segundo maior déficit mensal já registrado, superando apenas os US$ 237,2 bilhões de saldo negativo de outubro do ano passado.
Fonte: Folha de São Paulo, economia, 20.03.09
Mercado Consumidor
A América Latina sempre foi considerada "quintal" consumidor dos produtos americanos.
Economia de Cassino
Como decorrência de uma política anti-social, onde se privilegiou o enriquecimento de uns poucos em detrimento de um exército de excluídos, sem empregos e sem expectativas de dias melhores, adotou-se o modelo neoliberal de uma economia mundialmente globalizada, onde o que se buscou foi apenas o da maior produtividade, maximização dos lucros e ao menor custo operacional possível, sem preocupação com a distribuição de renda. O modelo entrou em crise por falta de compradores com poder aquisitivo e com o assustador déficit anunciado e com o caixa esvaziado, EUA informam que não tem como ajudar países da América Latina.
As pretensões iniciais de Obama era de fortalecimento e apoio e ajuda aos Países da América Latina:
"OBAMA PRETENDE DAR NOVO IMPULSO A RELAÇÕES COM AMÉRICA LATINA (Brazil)".
Link: http://fromscratchnewswire.wordpress.com/2009/01/14/obama-pretende-dar-novo-impulso-a-relacoes-com-america-latina-brazil/0.
Leia mais.
FOLHA DE SÃO PAULO,Mundo, 21 de março de 2009
CRISE ECONÔMICA
EUA DIZEM QUE NÃO PODEM AJUDAR PAÍSES DA AL
O secretário-assistente do Departamento de Estado dos EUA para as Américas, Thomas Shannon, disse ontem que seu país não poderá fazer muito para ajudar a América Central a aliviar o impacto da crise econômica mundial na região. Segundo ele, "é previsível" que caiam as remessas de divisas de imigrantes latinos nos EUA para seus países e que diminua o volume exportado dessas economias para a norte-americana. Mas, disse, "não há muito o que fazer". "Temos antes que resolver a nossa própria crise", afirmou.
FOLHA DE SÃO PAULO, Dinheiro, 21 de março de 2009
Déficit dos EUA pode chegar a US$ 9,3 tri
Dívida acumulada entre 2010 e 2019 é US$ 2,3 trilhões maior que a projetada pelo governo Obama, ou quase dois PIBs do Brasil
Aumento da previsão de rombo fiscal deve aumentar a pressão para que Obama reduza os gastos previstos no Orçamento de 2010
DA REDAÇÃO
A proposta de Orçamento do presidente Barack Obama vai fazer com que o governo americano gaste em um período de dez anos US$ 9,27 trilhões a mais do que a sua arrecadação, levando o déficit fiscal dos EUA para níveis que mesmo a atual administração considera "inaceitáveis", segundo cálculos do Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, órgão não partidário que fornece análises econômicas aos legisladores).
Isso significa que, de 2010 a 2019, o déficit acumulado será o equivalente a 65% do PIB americano do ano passado. Pelas estimativas do governo Obama, o déficit nesse período seria de US$ 6,97 trilhões. A diferença entre a projeção do governo e a do órgão do Congresso é quase o dobro da soma de bens e serviços produzidos pelo Brasil em 2007. Para ter uma ideia, o déficit orçamentário dos EUA no ano fiscal de 2008 (encerrado no fim de setembro) ficou em US$ 459 bilhões -recorde histórico.
Mais: a projeção do CBO afirma que em nenhum momento até 2019 o déficit vai ficar abaixo de 4% em relação ao PIB, o que o governo Obama já disse ser insustentável. Na média, o déficit americano deve ficar em 5,3% do PIB, com o pior momento no atual ano fiscal, em que a diferença entre gastos e receita representará US$ 1,85 trilhão, ou 13,1% da soma de bens e serviços produzidos na maior economia mundial (o pior resultado desde o fim da Segunda Guerra, em 1945).
O novo cálculo deve tornar ainda mais difícil para Obama aprovar a sua proposta de Orçamento para o ano fiscal que começa em outubro, que já enfrenta a oposição dos republicanos e até mesmo de alguns democratas (partido do presidente americano). O plano do governo americano prevê gastos de US$ 3,55 trilhões, com investimentos expressivos em saúde, educação e energia limpa, ao mesmo tempo em que o país enfrenta a pior crise econômica desde os anos 1930.
O líder republicano na Câmara dos Representantes, John Boehner, disse que o relatório apresentado ontem é um "alerta" para o governo. "Nós simplesmente não podemos hipotecar o futuro dos nossos filhos e netos para pagar por um governo maior e mais caro."
Já o senador democrata Kent Conrad afirmou que serão necessárias alterações no Orçamento, sem especificar quais. Os democratas esperam que o Orçamento seja votado antes do recesso de Páscoa.
A Casa Branca e seus aliados dizem admitir até algumas mudanças na proposta, mas elas serão pontuais, não mexendo naquilo que consideram os quatro pilares do Orçamento: saúde, educação, energia limpa e redução do déficit.
"O que não cortaremos serão os investimentos que levem a crescimento real e prosperidade no longo prazo", disse Obama ontem. "É por isso que o nosso Orçamento tem um compromisso histórico com uma ampla reforma do sistema de saúde. É por isso que aumenta a competitividade americana ao reduzir a nossa dependência do petróleo estrangeiro e construir uma economia baseada em energia limpa."
Link: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2103200912.htm
(*) Luiz Salvador é Presidente da ABRAT (www.abrat.adv.br), Vice-Presidente da ALAL (www.alal.la), Representante Brasileiro no Depto. de Saúde do Trabalhador da JUTRA (www.jutra.org), assessor jurídico da AEPETRO e da ATIVA, membro integrante do corpo técnico do Diap e Secretário Geral da CNDS do Conselho Federal da OAB, e-mail: luizsalv@terra.com.br, site: www.defesadotrabalhador.com.br
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