domingo, 22 de fevereiro de 2009

TRABALHO DIGNO, AINDA QUE EM ÉPOCA DE CRISE

Para OIT, a melhor resposta para a crise anunciada é a "Agenda do Trabalho Decente".

Leia o Relatório da OIT sobre as tendências mundiais de emprego para 2009

O número de desempregados, trabalhadores pobres e de empregos vulneráveis aumentará consideravelmente devido à crise econômica mundial

GENEBRA (Notícias da OIT) - A crise econômica mundial poderá produzir um aumento considerável no número de pessoas que aumentarão as filas de desempregados, trabalhadores pobres e trabalhadores com empregos vulneráveis, afirma a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em seu relatório Tendências Mundiais do Emprego.
Com base nos novos acontecimentos no mercado de trabalho devido à eficácia dos esforços de recuperação, o relatório assinala que o desemprego nomundo poderia aumentar em 2009 em relação a 2007 entre 18 e 30 milhões de trabalhadores e até além de 50 milhões caso a situação continue se deteriorando.
O relatório da OIT sustenta que, caso se produza este último cenário, cerca de 200 milhões de trabalhadores, em especial nas economias em desenvolvimento, poderiam passar a integrar as filas da pobreza extrema.
“A mensagem da OIT é realista, não alarmista. Nós enfrentamos uma crise de emprego de alcance mundial. Muitos governos estão conscientes da situação e estão tomando medidas, mas é necessário empreender ações mais enérgicas e coordenadas para evitar uma recessão social mundial. A redução da pobreza está em retrocesso e as classes médias em nível global estão se debilitando. As consequências políticas e de segurança são de proporções gigantescas”, declarou Juan Somavia, Diretor-Geral da OIT.
“A crise sublinha a importância da Agenda de Trabalho Decente da OIT. Muitos elementos desta Agenda estão presentes nas medidas atuais para fomentar a criação de emprego, intensificar e ampliar a proteção social e utilizar mais o diálogo social”, afirmou Somavia.
O Diretor-Geral fez um apelo para que na próxima reunião dos representantes do G-20 no dia 2 de abril em Londres, além de serem tratadas questões de caráter financeiro, seja alcançado de maneira urgente um acordo sobre as medidas prioritárias que devem ser adotadas para promover investimentos produtivos, os objetivos de trabalho decente e proteção social e a coordenação de políticas.

Principais prognósticos do relatório de Tendências Mundiais de Emprego
Este novo relatório atualiza as projeções preliminares publicadas em outubro do ano passado, nas quais se indicava que a crise financeira mundial poderia fazer com que o desemprego atingisse entre 15 e 20 milhões de pessoas em 2009. As conclusões fundamentais são as seguintes:

* Com base nas previsões do FMI de novembro de 2008, a taxa de desemprego no mundo poderia aumentar em até 6,1% em 2009, em comparação com os 5,7% de 2007, o que representa 18 milhões de desempregados a mais em 2009 em relação a 2007.
* Caso a situação econômica se deteriore além do previsto em novembro de 2008, o que é provável, a taxa de desemprego mundial poderia aumentar até 6,5%,o que representa 30 milhões a mais de pessoas sem emprego no mundo em relação 2007.
* Em uma hipótese atual sobre a evolução mais pessimista, a taxa de desemprego poderia chegar a 7,1%, o que equivaleria a aumento de mais de 50 milhões de desempregados no mundo.
* O número de trabalhadores pobres – isto é, de pessoas que não ganham o suficiente para manter-se a si mesmos e a suas famílias além do umbral da pobreza de 2 dólares ao dia por pessoa – pode aumentar até alcançar um total de 1,4 bilhão, o que representaria 45% do total de trabalhadores no mundo.
* Em 2009, a proporção de pessoas com empregos vulneráveis - ou seja, trabalhadores que contribuem para o sustento familiar ou trabalhadores por conta própria com menor acesso às redes de seguridade que protegem contra a perda de renda durante tempos difíceis – poderia aumentar de maneira considerável no pior dos cenários e afetar até 53% da população com emprego.

Medidas em matéria de políticas
A crise econômica de 2008 aumentou a preocupação com as repercussões sociais da globalização, assunto sobre o qual a OIT vem advertindo há tempos. Ao sublinhar a necessidade da adoção de medidas para apoiar os grupos vulneráveis do mercado de trabalho, como os jovens e as mulheres, o relatório da OIT observa que existe um norme potencial de trabalho não aproveitado em todo o mundo. O crescimento e o desenvolvimento econômico poderiam ser muito maiores se fosse dada oportunidade às pessoas de ter um trabalho decente através de investimentos produtivos e políticas ativas dirigidas ao mercado de trabalho.
“A Agenda de Trabalho Decente é um marco político adequado para enfrentar a crise. Inclui uma mensagem poderosa: que o diálogo tripartite com as organizações de trabalhadores e empregadores deve desempenhar um papel essencial na abordagem da crise econômica e no desenvolvimento de políticas”, afirmou Juan Somavia.
De acordo com o que foi discutido pelo Conselho de Administração da OIT em novembro de 2008, o relatório enumera diversas medidas recomendadas pela OIT para a formulação de políticas que estão apoiando numerosos governos:

* maior coberturas do seguro-desemprego e dos regimes de seguro, reconversão profissional dos trabalhadores que perderam o trabalho e proteção das pensões frente à queda catastrófica dos mercados financeiros;
* investimento público em infraestruturas e habitação, infraestruturas comunitárias e empregos verdes, inclusive mediante obras públicas de emergência;
* apoio às pequenas e médias empresas;
* diálogo social em escala nacional, setorial e empresarial.

Se um grande número de países –usando suas próprias reservas acumuladas, empréstimos de emergência do FMI e mecanismos de ajuda mais fortes – aplicarem políticas coordenadas de acordo com a Agenda de Trabalho Decente da OIT, os efeitos da recessão nas empresas, sobre os trabalhadores e suas famílias poderiam ser amenizadas e a recuperação poderia ser melhor preparada.

Link: http://www.oit.org.br/get_2009.php

Leia mais sobre a anunciada crise na América-Latina:

17 millones de desempleados en América Latina.

Nosso colaborador da Argentina o Walter, da rede ALAL, nos encaminhou hoje também notícia circulante na imprensa, sobre a ameaça de desemprego que recai sobre os trabalhadores que não contribuíram para a crise da economia de cassino implantada pelo modelo neoliberal, que nunca respeitou sua responsabilidade social, com a empregabilidade digna:Les remito nota de interés, aparecida hoy, domingo 22.02.2009, en el suplemento Empleos, del diario La Nación. Saludos cordiales.

Desaceleración

Estiman unos 17 millones de desempleados
Según la OIT, la recesión llegó a América latina, pero la región está bien preparada

América latina tendrá al menos unos 17 millones de desempleados en 2009, unos dos millones más que el año último, según las predicciones del informe anual de la Organización Internacional del Trabajo (OIT). En el tercer trimestre de 2008 se registraron los primeros efectos de la desaceleración regional. Pero no todas son malas noticias: según el estudio, en 2008 el desempleo urbano bajó en América latina y el Caribe por quinto año consecutivo.

El panorama no parece ser tan adverso. El informe asegura que la región está mejor preparada para enfrentar esta crisis, en comparación con otros momentos difíciles. ¿Las razones? El crecimiento económico que registró en el último lustro, permitió a algunos países acumular importantes volúmenes de reservas internacionales e implementar políticas macroeconómicas y fiscales saludables.

La desaceleración global tendrá sus consecuencias: la reducción de las exportaciones y la caída de los precios de los productos básicos, que afectará en mayor medida a los países de América del Sur por la especialización en este tipo de productos.

El estudio también advierte que las economías de algunos países se verán más afectadas que otros. Las exportaciones y las industrias manufactureras de México y América Central encabezan el ranking de las zonas más críticas por su estrecha relación comercial con Estados Unidos.

Para muchos empleados que dejaron sus países de origen en busca de nuevos horizontes será el momento de regresar. Es que se prevé una interrupción en la inmigración en algunas naciones e incluso el retorno de inmigrantes a sus mercados nacionales.

Ante un escenario problemático, la OIT propone algunas medidas:

* Acceso al crédito de pequeños y microempresarios; brindar capacitación empresarial.

* Creación o ampliación de programas de empleo temporales.

* Medidas que den facilidades a los ciudadanos que necesitan acceder a la protección social.

* El diálogo social entre empleadores, trabajadores y gobiernos será aún más importante durante este período de crisis.

* Inversión en infraestructura física y social, intensiva en mano de obra.

Los más afectados

El estudio también hace referencia sobre los hechos más importantes ocurridos durante 2008.

Las mujeres fueron más afectadas por el desempleo que los hombres. De los 15 países estudiados, la tasa de desempleo femenina fue en promedio 1,6 veces mayor que la masculina. ¿Las mayores brechas? En República Dominicana y Jamaica, y las menores, en México y Venezuela. Al grupo femenino se suman los más jóvenes, pues ellos se vieron más afectados por el desempleo.

Los sectores de la construcción y el comercio aportaron lo suyo al crecimiento económico y laboral de la región, mientras que las actividades manufactureras y el sector agropecuario mostraron debilidad en la creación de empleo y hasta reducciones en algunos países.

Un asunto pendiente es la cobertura social de los asalariados. Según establece el informe, 4 de cada 10 ocupados urbanos no poseen obra social. La misma situación se repite en el 71,7% de los trabajadores independientes.

Fuente (link): http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1102143

Nenhum comentário:

Postar um comentário