sábado, 6 de junho de 2009

VÔO AF 447: O Piloto Sumiu??

Foto:Airbus 330

SEM CONTROLE
Havia problemas estruturais no Airbus 330, vôo AF 447 da Air France??

Consta do registro do vôo AF 447 da Air France quebra do leme do Airbus, equipamento este que impede manobras bruscas que possam causar dano estrutural ou tirar a aeronave de controle.

O AF 447 enveredou diretamente dentro da região de tempestade. Creio que descobrir o porque disso será em breve uma das prioridades da investigação. Isso pode significar que o Airbus perdeu o radar meteorológico e voava às cegas. Link:

http://ohermenauta.wordpress.com/2009/06/04/ainda-o-af-447-6/

Os jornais noticiam que a França investiga "homicídio involuntário" no AF445. Link: http://www.diariodopara.com.br/noticiafullv2.php?idnot=46580

O noticiário, no entanto, nos informa que outro avião na mesma rota, fugiu da tempestade: "Avião espanhol desviou de tempestade na mesma rota do AF447"

Link: http://noticias.terra.com.br/brasil/vooaf447/interna/0,,OI3807545-EI13960,00-Aviao+espanhol+desviou+de+tempestade+na+mesma+rota+do+AF.html

E daí é de se indagar: porque o AF 447 também não fugiu da tempestade, como o fez o avião espanhol que desviou de tempestade na mesma rota do AF447?

Houve problema estrutural no avião?? O avião ficou sem controle??

Leia mais.

FOLHA DE SÃO PAULO, Dinheiro, São Paulo, sábado, 06 de junho de 2009

Mensagem indica quebra do leme do Airbus

Registro do dano consta de um dos 24 alertas emitidos automaticamente pelo avião e divulgados pela TV France 2

Equipamento impede manobras bruscas que possam causar dano estrutural ou tirar a aeronave de controle

IGOR GIELOW
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
ALAN GRIPP
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Uma mensagem automática enviada pelo Airbus-330 da Air France que caiu no mar domingo mostra que o leme do avião, peça aerodinâmica essencial para o voo, quebrou. A mensagem ocorreu no primeiro dos quatro minutos finais do AF 447, em que foram emitidos 24 alertas, indicando que um problema estrutural pode ter desencadeado o acidente com o avião que levava 228 pessoas.
A mensagem está nos alertas do voo que a TV France 2 divulgou anteontem, sem contestação da Air France ou das autoridades francesas -a quebra não foi identificada pela rede.
A Folha ouviu dois pilotos de Airbus e ambos foram assertivos sobre o potencial catastrófico do evento, suspeitando que ele foi provocado por alguma rajada violentíssima de vento.
Às 23h10, a primeira mensagem informa que há um CTL RUD TRV LIM FAULT. Traduzindo tecnicamente: falha no controle de limitação do curso do leme. Em português: o computador indica que o leme excedeu o limite que poderia mexer, ou seja, quebrou.
O leme é a parte móvel do estabilizador, a "asa" vertical que fica na cauda do avião e é responsável por evitar guinadas aerodinâmicas. O leme permite alterações no curso do avião.
Seus movimentos são limitados a 25% de inclinação no próprio eixo até 296 km/h nos Airbus. A partir dos 703 km/h, essa tolerância cai a menos de 4% devido ao potencial de dano estrutural ou de fazer uma manobra que tire o avião de controle. Quando saiu do controle de radar brasileiro, 22 minutos antes do registro do defeito, o AF 447 estava a 840 km/h.
É esse limitador que o computador aponta que falhou. Pior: como não é registrado defeito nos sistemas que controlam os motores elétricos que mexem o leme, os FAC, há a possibilidade de o estabilizador ter sido arrancado.
Nesse caso, o controle de um avião a 10,7 km de altura e a 840 km/h é quase impossível.
"Certamente houve algum dano estrutural à aeronave. Se ele foi pequeno ou grande, ainda não é possível afirmar. Mas é uma informação extremamente importante", diz o engenheiro aeronáutico Adalberto Febeliano, ex-vice-presidente executivo da Associação Brasileira de Aviação Geral e atualmente diretor da Azul.
Se o leme ou até o estabilizador quebraram, fica a dúvida: teria a tempestade sido tão violenta ou havia algum problema prévio em sua estrutura, que é das mais frágeis no avião?
Há sempre a hipótese de o computador ter falhado e informado incorretamente o defeito. O computador do A330 já havia causado quase-tragédias ano passado na Austrália por leitura incorreta de dados.
As mensagens seguintes já haviam sido exploradas. No momento em que o defeito no leme é apontado, o piloto automático e o acelerador automático do avião são desligados.
O sistema fly-by-wire, que evita que o piloto faça manobras muito perigosas, retira três das suas cinco salvaguardas. Em outras palavras, o avião vai para a mão do piloto.
Como disse um dos pilotos de Airbus ouvidos, a partir daí é "desespero" em um espaço muito curto de tempo, o que explicaria a falta de pedido de socorro.
O BEA (birô de investigação e análise), agência francesa que apura acidentes aéreos, dará entrevista hoje sobre o caso. Até aqui, só admitiu que havia tempo ruim na rota do AF 447 e que houve sinais divergentes nas medições de velocidade.
Isso está explicitado na mensagem das 23h12 que indicou incoerência no ADR, um dos três computadores que recolhem dados de velocidade, altitude e velocidade vertical (se o avião sobe, desce ou está alinhado). Isso levou à especulação corrente de que um sensor externo do Airbus da Air France teria congelado.
Já houve acidente com Airbus devido a problemas no leme. Em 2001, depois de perder o equipamento, aparentemente em razão de movimentos bruscos causados por turbulências, um A300 da American Airlines caiu sobre o bairro do Queens, em Nova York, matando 255 pessoas.

Link: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0606200911.htm

CONCLUSÃO.
Matéria comentada por Luiz Salvador, Presidente da ABRAT (www.abrat.adv.br), Vice-Presidente da ALAL (www.alal.la), Representante Brasileiro no Depto. de Saúde do Trabalhador da JUTRA (www.jutra.org), assessor jurídico da AEPETRO e da ATIVA, membro integrante do corpo técnico do Diap e Secretário Geral da CNDS do Conselho Federal da OAB, e-mail: luizsalv@terra.com.br, site: www.defesadotrabalhador.com.br

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